Valéria Monteiro, atualmente com 60 anos, fez história na televisão. Ela foi uma das primeiras mulheres a comandar o Fantástico e a primeira a ancorar o Jornal Nacional. No clima de comemoração dos 60 anos da TV Globo, resolvemos investigar: por onde anda Valéria Monteiro?

A jornalista iniciou sua carreira em emissoras locais de Campinas, no interior de São Paulo. Em 1986, foi contratada pela Globo para apresentar o RJTV. Logo, sua voz suave e seu jeito desengessado chamaram a atenção dos executivos da emissora, que a convidaram para apresentar o Fantástico (1988–1991).

Quando entrou para o time de âncoras do Fantástico, Valéria dividia a bancada — hoje inexistente — com William Bonner e Sérgio Chapelin. Ela se destacou e foi apontada, na época, como "musa do jornalismo".

"É um título divertido, legal, mas também sinto como uma tentativa de depreciar o que eu signifiquei e o meu esforço, todas as batalhas que enfrentei numa determinada época", contou ela em entrevista ao Extra, enfatizando que, pouco tempo depois, também foi escalada para assumir o Jornal Hoje.

Em 1992, ela se tornou a primeira mulher a apresentar o Jornal Nacional, ancorando o telejornal ao lado de William Bonner por um ano. Depois, retornou ao Fantástico e, pouco depois, deixou a TV Globo.

"Sou da época em que a TV era em preto e branco. Cresci assistindo aos jornais e às novelas, querendo um dia fazer parte daquilo", comentou ela, que também atuou na minissérie Incidente em Antares (1994).

Ainda em 1994, Valéria surpreendeu o público ao posar nua para a revista Playboy. Em seguida, passou uma temporada nos EUA e, anos depois, chegou a se lançar como pré-candidata à Presidência da República em 2017. Hoje, se dedica ao ativismo pelos direitos humanos e das mulheres. Além disso, valoriza seu tempo em família. Mãe de Vitória, ela é avó de Alice e adora tempo de qualidade com a neta.
 
Apesar de levar uma vida mais reservada, Valéria Monteiro continua ativa profissionalmente. "Estou curtindo escrever, sem me obrigar a aparecer em vídeo. Sigo no meu ativismo em defesa dos direitos humanos e das mulheres".