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  10:45

 Os vereadores de oposição disseram não ao projeto (Foto: Otávio Neto)

A noite não foi das mais tranquilas na Sessão Extraordinária convocada para esta quinta-feira (26/11), na Câmara Municipal de Campo Maior. Em pauta, a proposta do executivo municipal para o parcelamento da dívida do Campo Maior Prev. Após bate-boca e discordâncias o projeto foi aprovado por 8 a 3. 


A proposta do prefeito Paulo Martins era conseguir um aval positivo do legislativo para o parcelamento dos débitos que se acumulam da previdência própria dos servidores municipais. Depois da apreciação da Casa, a proposta sofreu alterações e foi à plenário nesta quinta. 


Antes da votação, os vereadores de oposição apresentaram uma emenda ao projeto onde o parcelamento ficaria em torno de 400 mil mensais e seria descontado automaticamente das contas da prefeitura.


O vereador Edvaldo Lima, líder do prefeito na casa, discordou. Segundo o parlamentar, a emenda comprometeria as contas do município, poderia causar o atraso dos salários dos servidores e deixaria inviável a administração pública. 


“Isso seria obrigar o executivo a descontar do FPM (Fundo de Participação do Município) parcelar iguais as dívidas. Às vezes o fundo de participação não chega a 30 mil; não da nem para cobrir a folha (de pagamento). Vai ter como arcar com uma conta dessa? Isso aqui é um risco muito grande. Portanto, eu recomendo a rejeição da emenda”, explicou Edvaldo. 

 


Para o vereador Manoel Alvarenga, a emenda seria essencial para o cumprimento do parcelamento proposto pelo prefeito. “O líder (Edvaldo Lima), por falta de argumento, questiona a emenda. O líder não entendeu ou se fez de desentendido. Se não vincula (o parcelamento as contas da prefeitura) é porque não quer pagar”, discursou Manoel Alvarenga. 


A mesa diretora levou à votação a emenda dos vereadores de oposição. O placar folgado de 8 a 3 rejeitou a proposta. Logo após, o vereador Sena Rosa questionou a legitimidade da sessão, que segundo ele, estaria descumprindo o regimento interno da Câmara. Enquanto oposição tentava persuadir a presidência sobre a ilegalidade da sessão, os vereadores governistas pediam a votação da proposta.

 


Depois de aprovar o pedido de urgência do projeto do executivo, os vereadores votaram na proposta de parcelamento. Por 8 votos a 3, os parlamentares aceitaram o fatiamento das dívidas do Campo Maior Prev.

 

Sindicato lamentou
A Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Maior, Bernadete Silva, lamentou a aprovação do projeto. Para o sindicato, a emenda seria uma garantia que o município colocaria a previdência em dia. 


“Nós tivemos uma assembleia que foi colocado, por unanimidade, que se aprovasse, mas com esse aditivo da cobrança automaticamente. Eu estou muita chateada e vou informar a todos os servidores o resultado da Câmara”, disse Bernadete.  

 

O Prefeito Paulo Martins, que chega nessa madrugada de Brasília, disse ao Em Foco, que essa é uma forma de mostrar seu compromisso com o município mais uma vez. "Assumimos débitos que foram feitos por vários outros gestores e garantimos que vamos honrar com todas as despesas do nosso Governo", disse ele ao saber da aprovação do projeto. Por Otávio Neto com Edição de Weslley Paz

Por Otávio Neto

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