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  16:42

Brasil tem a 2ª maior taxa de juro real no mundo após alta da Selic; veja lista

 Foto: Ilustração de taxas de juros/Shutterstock)

O Brasil passou a ter o segundo maior juro real do mundo após a nova alta da taxa básica de juros do país, divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central do Brasil (BC) aumentou a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 15% ao ano.

O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,53%.

A primeira colocação do ranking continuou com a Turquia, que registrou uma taxa real de 14,44%. Em terceiro, está a Rússia, com juros reais a 7,63%.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou afirmou que a guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos tirou o peso do dólar — em resposta às políticas econômicas protecionistas do governo de Donald Trump —, e ajudou a evitar uma maior pressão inflacionária vinda do câmbio.

"Todavia, o cenário de incertezas inflacionárias locais continua, em especial com a questão fiscal criando tensão no contexto local, além do item alimentação ainda relevante em termos de preços no curto prazo", diz o documento.

A Argentina, que havia registrado um juro real de 3,92% na última medição da MoneYou — ficando na 8ª posição do ranking de maio — subiu para a 4ª posição em junho, com um juro real de 6,70%.

Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses

Alta da Selic

Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a casa de 15% ao ano.

Com isso, a Selic atinge o maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%.

O anúncio desta quarta-feira ainda marca a sétima elevação seguida na Selic. Na decisão anterior, em maio, a autoridade monetária havia elevado a taxa básica em 0,50 ponto percentual, para a casa de 14,75% ao ano.

Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.

Veja abaixo:

  • Turquia: 46%
  • Argentina: 29%
  • Rússia: 20%
  • Brasil: 15%
  • Colômbia: 9,25%
  • México: 8,5%
  • África do Sul: 7,25%
  • Hungria: 6,5%
  • Índia: 5,5%
  • Indonésia: 5,5%
  • Filipinas: 5,5%
  • Polônia: 5,25%
  • Chile: 5%
  • Hong Kong: 4,75%
  • Estados Unidos: 4,5%
  • Israel: 4,5%
  • Reino Unido: 4,25%
  • Austrália: 3,85%
  • República Tcheca: 3,5%
  • Nova Zelândia: 3,25%
  • China: 3%
  • Malásia: 3%
  • Canadá: 2,75%
  • Coreia do Sul: 2,5%
  • Suécia: 2,25%
  • Alemanha: 2,15%
  • Áustria: 2,15%
  • Espanha: 2,15%
  • Grécia: 2,15%
  • Holanda: 2,15%
  • Portugal: 2,15%
  • Bélgica: 2,15%
  • França: 2,15%
  • Itália: 2,15%
  • Taiwan: 2%
  • Cingapura: 1,77%
  • Tailândia: 1,75%
  • Dinamarca: 1,6%
  • Japão: 0,5%
  • Suíça: 0,25%

Fonte: G1

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