Entre no
nosso grupo!
WhatsApp
  RSS
  Whatsapp

  19:19

'Lama amorteceu a nossa queda', diz sobrevivente sobre salto de balão em chamas em SC

O engenheiro Victor Hugo Mondini Correa e a médica veterinária Laís Campos Paes são dois dos 13 sobreviventes do incêndio em um balão em Praia Grande (SC) no sábado (21). O casal de Curitibanos, no Oeste catarinense, conseguiu saltar da estrutura em chamas e caiu em uma área de vegetação que amorteceu o impacto. Oito pessoas morreram.

"A lama amorteceu a nossa queda. A gente conseguiu evitar mais lesões por causa dessa lama", disse Correa.

O incêndio começou cerca de dois minutos após a decolagem, na cabine do piloto, que ficava ao centro do cesto. Ainda conforme as testemunhas, a estrutura estava instável no início do voo, que teve duração total de 4 minutos.

A empresa responsável pelo voo, a Sobrevoar, informou em nota que o piloto era experiente e "adotou todos os procedimentos indicados para tentar salvar todos os que estavam a bordo". Segundo a companhia, o balão tinha autorização e licenças válidas para operar.

Conforme Laís, essa foi a primeira vez do casal voando de balão e os dois não sabiam o que estava acontecendo quando a estrutura começou a descer:

"A gente nunca tinha voado, a gente nunca tinha nem visto nenhum voo. Então a gente não sabia se aquilo era normal ou não", disse.

A Polícia Civil afirmou que um maçarico teria iniciado as chamas e que o extintor não funcionou. Com isso, o piloto do balão iniciou a descida da estrutura e, perto do solo, algumas pessoas saltaram.

"A gente só ia para trás, sentindo aquele calor forte e rezando para que aquele cilindro não estourasse", disse o engenheiro.

Das oito vítimas, quatro morreram carbonizadas e outras quatro por causa da queda. As imagens mostram passageiros em pânico pulando enquanto o balão em chamas cai em alta velocidade.

Da esquerda para a direita: Leane Elizabeth Herrmann, Leise Herrmann Parizotto, Leandro Luzzi, Fabio Luiz Izycki, Juliane Jacinta Sawicki, Everaldo da Rocha, Janaina Moreira Soares da Rocha e Andrei Gabriel de Melo 

"A gente sabe que vai lembrar disso a vida inteira. Isso não vai sair da cabeça, não existe essa função de deletar, né? E é isso. A gente vai aos poucos organizando a cabeça para poder seguir em frente, agradecendo por estarmos vivos, mas muito tristes pelas pessoas que não conseguiram", disse Correa.

O acidente aconteceu no extremo sul do estado, no início da manhã. A região, conhecida como Capadócia brasileira, é um famoso destino para a prática do balonismo. As atividades de balonismo na região estão suspensas nesta segunda-feira (23).

Fonte: G1

Mais de Brasil