Na manhã desta sexta-feira (21), os influenciadores Sarah Brenna e Júnior Mídia foram alvo da Fase II da Operação Laverna, realizada em Parnaíba, litoral do Piauí. A ação teve como objetivo cumprir medidas cautelares contra pessoas investigadas por crimes digitais relacionados à promoção de plataformas de apostas ilegais e rifas irregulares nas redes sociais.
Segundo as investigações, Sarah Brenna, L.M.B. e L.C.M.J. utilizavam intensivamente seus perfis para divulgar plataformas de apostas virtuais conhecidas como “Jogo do Tigrinho” e produtos semelhantes. Os conteúdos publicados incluíam vídeos manipulados, exposição de supostos ganhos, sorteios, linguagem motivacional e links personalizados, práticas que, segundo a polícia, induziam seguidores ao erro e criavam expectativas irreais de lucro.
Já Júnior Mídia concentrava sua atuação na divulgação de rifas ilegais apresentadas como beneficentes, sem comprovação de repasse dos valores arrecadados e obtendo lucro direto com a prática.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os influenciadores movimentaram quantias consideradas incompatíveis com a renda declarada. Os valores identificados são:
Sarah Brenna: R$ 1.311.784,32
Júnior Mídia: R$ 1.173.117,64 — compostos majoritariamente por microcréditos entre R$ 0,02 e R$ 20, enviados por mais de 3 mil pessoas, padrão típico de rifas clandestinas
L.M.B.: R$ 213.606,60
L.C.M.J.: R$ 637.783,14
A.S.H.A.S. (marido de Sarah): R$ 1.664.582,01
O delegado Ayslan Magalhães afirmou que as movimentações financeiras, somadas à ausência de declaração de renda e ao uso de empresas vinculadas a pagamentos digitais ligados a jogos ilegais, reforçam indícios de ocultação patrimonial, dissimulação de recursos, evasão fiscal e obtenção de vantagem econômica ilícita. As condutas investigadas podem configurar crimes como estelionato, indução do consumidor a erro por afirmação falsa ou enganosa, exploração de loteria não autorizada e lavagem de dinheiro.
O nome da operação faz referência à deusa romana Laverna, associada a atos ocultos e práticas fraudulentas, simbolizando o caráter dissimulado das atividades apuradas.
A ação foi conduzida pela 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba, em conjunto com a Delegacia de Combate às Facções, Homicídios e Tráfico (DFHT), Superintendência de Operações Integradas (SOI), Diretoria de Inteligência (DINT), LAB-LD e Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).




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