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  21:05

Todo mundo já deve ter ouvido o conselho: “Beba água, é importante para o funcionamento dos rins”. E eles são fundamentais para o funcionamento do corpo. É o órgão responsável por filtrar o sangue e auxiliar na eliminação de toxinas do organismo. O problema é que a doença renal crônica (DRC) é silenciosa, não apresenta sintomas e tem registrado crescente prevalência, alta mortalidade e elevados custos para os sistemas de saúde no mundo.

Trata-se da perda lenta e gradual das funções renais. Quando não identificada e tratada, a DRC pode levar à paralisação dos rins. Como ela se apresenta como uma condição progressiva e muitas vezes não apresenta sintomas em seus estágios iniciais, tem diagnóstico precoce difícil. De acordo com o nefrologista e diretor médico da DaVita Tratamento Renal, Bruno Zawadzki, muitas pessoas associam a doença renal a sintomas evidentes, como dor lombar ou alterações na urina, mas os sinais iniciais podem ser sutis e facilmente atribuídos a outras causas.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a prevalência da doença renal crônica no mundo é de 7.2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos. No Brasil, a estimativa é que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença. Desses, 90 mil estão em diálise (um processo de estímulo artificial da função dos rins, geralmente quando os órgãos têm 10% de funcionamento), número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos.

O nefrologista ressalta a importância da prevenção e alerta que a detecção precoce permite intervenções que retardam a progressão da doença, melhorando qualidade de vida. "Exames de sangue e urina simples, como dosagem de creatinina e pesquisa de proteína, podem detectar alterações precoces. Quem tem diabetes, hipertensão ou histórico familiar deve realizar check-ups anuais".

Veja cinco sinais que exigem atenção:

Fadiga e cansaço incomum
 A redução na produção de eritropoietina — hormônio responsável pela produção de glóbulos vermelhos — pode levar à anemia, causando exaustão mesmo após repouso. "Pacientes relatam cansaço extremo, mas raramente suspeitam de problemas renais. Esse é um alerta para investigar a saúde dos rins", explica Dr. Zawadzki. 

 Alterações na urina  
Urina espumosa (sinal de proteína na urina), aumento da frequência urinária — principalmente à noite — ou redução no volume podem indicar mau funcionamento dos rins.

Inchaço nas extremidades e ao redor dos olhos
A retenção de líquidos devido à incapacidade dos rins de filtrar adequadamente resulta em edema, especialmente em pés, tornozelos e região ocular. O inchaço pode não estar necessariamente ligado ao consumo de sal; pode ser um sinal de que os rins estão sobrecarregados.

Coceira constante e pele ressecada
O acúmulo de toxinas no sangue, como fósforo e ureia, pode causar prurido intenso. Pacientes chegam a descrever uma coceira que não melhora com hidratantes. Isso reflete desequilíbrios minerais associados à doença renal.

Pressão arterial elevada
A relação entre hipertensão e DRC é maior do que pensamos: rins danificados não regulam a pressão, e a pressão alta acelera a perda de função renal. "Controlar a pressão é essencial para preservar os rins. Muitos só descobrem a doença renal durante investigações de hipertensão resistente", ressalta.

Fonte: Correios 24 Horas

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