O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) instaurou um inquérito civil para apurar a falta de atendimento e medicamentos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Campo Maior. A decisão foi publicada no Diário Oficial.

Segundo o documento, o MP recebeu denúncias de supostas irregularidades nos serviços prestados pela unidade, com destaque para a demora no atendimento, atribuída à desorganização no gerenciamento de mais de quatro mil prontuários. Também foi relatado que pacientes deixaram o local sem receber a medicação necessária, devido à falta de medicamentos em estoque.

Diante da situação, o Ministério Público determinou a realização de diligências para apurar as causas da demora no atendimento e verificar o fluxo de entrega dos medicamentos prescritos. Entre os pontos que serão investigados estão:

•a forma de dispensação dos remédios (se realizada pelo próprio CAPS ou pela farmácia municipal);

•o fluxo de fornecimento de medicamentos de responsabilidade do Estado do Piauí, referentes ao componente especializado da assistência farmacêutica;

•e a justificativa do médico da instituição quando prescrever medicamento que não consta nos protocolos do SUS.

Além disso, o MP solicitou fiscalização urgente da Secretaria de Saúde do Estado (SESAPI) junto ao CAPS de Campo Maior, com atenção especial aos problemas relatados, sem prejuízo de outras medidas que se façam necessárias para melhorar a qualidade do serviço.

Por fim, o órgão determinou a realização de uma reunião com a coordenação do CAPS para discutir providências imediatas e ações corretivas.