
O Piauí é o maior produtor de pó de carnaúba do Brasil, sendo responsável por 53,5% do total da produção nacional, com a comercialização de 8,04 mil toneladas em 2024. No entanto, a fabricação do produto apresentou mais um ano de queda, com redução de 7,4% em relação ao ano de 2023.
Além da queda na produção do pó de carnaúba, outro produto proveniente do extrativismo piauiense teve redução significante: o carvão vegetal. Conforme a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fabricação do produto caiu 73% em 10 anos.
O município piauiense com maior destaque na produção de pó de carnaúba no país é Piracuruca, com 394 toneladas.
“Nos últimos 10 anos, a queda no extrativismo do pó de carnaúba no Piauí se deve a alguns fatores, onde destacamos: o fato da própria queda na produção fez com que a demanda pelo produto no mercado também diminuísse e se estabilizasse no patamar atual; além disso, tem contribuído a falta de mão de obra para a extração do produto em campo, aliado aos altos custos envolvendo a contratação de pessoal, principalmente em razão das exigências trabalhistas”, disse Pedro Andrade, Chefe da Seção de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí.
Apesar da redução, o valor da produção apresentou um aumento de 2,7% em relação a 2023, totalizando em R$ 122,3 milhões. O valor, entretanto, é menor ao registrado nos anos de 2019 a 2022.
Seguido da produção piauiense de 53,5% na produção de pó de carnaúba, estão o Ceará, com 6,2 mil toneladas (41,7%); Rio Grande do Norte, com 420 toneladas (2,79%); Maranhão, com 288 toneladas (1,91%); e Paraíba, com 15 toneladas (0,10%).
De acordo com o levantamento, a produção total de pó de carnaúba no Brasil em 2024 foi de 15,04 mil toneladas e também apresentou queda de 5,6% em relação ao ano de 2023. Entre os maiores produtores, apenas o Rio Grande do Norte não teve diminuição na produção, e sim aumento de 20%.
Produção de carvão vegetal caiu 73% em 10 anos no Piauí
A pesquisa destacou ainda que produção de carvão vegetal oriunda do extrativismo no Piauí alcançou 41,7 mil toneladas em 2024, apontando uma redução de 73,06% em relação ao levantamento feito em 2015, onde a produção chegou a 154,8 mil toneladas.
De acordo com o IBGE, a redução no produto impactou no próprio valor da produção, que caiu de R$ 86,9 milhões em 2015 para R$ 48,9 milhões em 2024.
No Piauí, a cidade de Corrente possui a maior produção de carvão vegetal proveniente do extrativismo, com 7,7 mil toneladas, o equivalente a 18,4% do total produzido no Piauí.
A cidade também é a 10ª maior entre todos os municípios do Brasil, seguida de Nazaré do Piauí, com 5,5 mil toneladas; Porto Alegre do Piauí, com 5,2 mil toneladas; e Parnaguá, com 5,1 mil toneladas.
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