
Um passageiro morreu após ficar preso nesta terça-feira (6) entre a porta do trem do metrô da Linha 5-Lilás e a da plataforma da estação Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. O acidente aconteceu por volta das 8h, quando as plataformas estavam lotadas.
A morte foi confirmada pela ViaMobilidade, concessionária que administra a linha. Em uma primeira nota divulgada, a empresa lamentou a morte e disse que os esforços estavam "concentrados na identificação da vítima, que não portava documentos, e de seus familiares para prestar o suporte necessário".
Depois, a empresa emitiu uma segunda nota afirmando que, "mesmo após todos os alarmes visuais e sonoros, [o passageiro] ele tentou entrar no trem e acabou ficando preso entre as portas".
Segundo relato de passageiros, o homem ficou prensado e foi arrastado pelo trem. Na hora, muitas pessoas começaram a chorar e gritar pedindo para o trem parar.
A porta da plataforma funciona como uma proteção que bloqueia o acesso ao trilho e impede a queda de algum passageiro quando o trem não está no local.
Quando o trem para na plataforma e fecha as portas, fica um espaço entre a porta da plataforma e a do trem. Foi nesse vão que o passageiro ficou preso.
Antes do fechamento das portas, há um aviso sonoro. A porta de segurança da plataforma e a do trem têm sensores de segurança que detectam se foram fechadas corretamente. Quando elas não fecham por completo, o sensor acusa e as portas se abrem de novo - como se fosse uma porta de elevador. Neste caso, porém, de acordo com testemunhas, isso não aconteceu, e o trem seguiu viagem.
“A primeira porta do desembarque fechou e a porta do trem [fechou] junto com o rapaz. O trem passou por cima dele. Todo mundo ficou desesperado, começou a chorar. Ele ficou preso entre as porta”, relatou Bruno Moreira Costa, gestor comercial que viu o acidente.
Segundo ele, não havia seguranças por perto naquele momento. "Nunca vi algo parecido. Pra você ver como está a situação, cada vez pior. Está desesperadora a operação nos trens, em todas as linhas. A gente sabe que é corrido, mas precisamos nos resguardar. Não tem segurança [dos trens]. Em todas as estações está ruim, mas aqui está grave", disse.
A ocorrência está sendo registrada na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom). Três funcionários ainda prestavam depoimento até o início desta tarde.
Não é a primeira vez que esse tipo de acidente acontece. Em março, uma mulher ficou presa entre a porta de segurança e o vagão do trem na Linha 2-Verde, operada pelo Metrô, na estação Vila Prudente, Zona Leste da capital. No entanto, neste caso, o trem não seguiu viagem e a pessoa não ficou ferida.
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