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  18:23

Casal é preso suspeito de torturar e matar jovem que foi acusado de estupro no PI; vítima era inocente

Um homem de 36 anos e uma jovem, de 26, foram presos, suspeitos de torturar e matar, no "tribunal do crime", João Paulo da Silva Goes, de 26 anos, em Parnaíba, litoral do Piauí. 

Segundo a Polícia Civil (PC), a vítima foi morta como forma de punição, sob a falsa acusação de ter estuprado o enteado. No entanto, a polícia comprovou que não houve violência sexual e que o jovem era inocente.

"A organização criminosa acreditava que ele tinha estuprado o enteado e como forma de punição ele passou pela 'disciplina' da facção e foi condenado à morte. Descobrimos que ele foi morto a facadas, em uma boca de fumo e depois levado para outro local", explicou o delegado Abimael Silva.

João Paulo foi morto no dia 29 de outubro de 2024, o corpo dele foi encontrado no dia seguinte carbonizado em uma estrada vicinal próximo à extensão da Avenida Dr. João Silva Filho, que leva ao ponto turístico Lagoa do Portinho.

Suspeita de estupro

Quando o corpo de João Paulo foi encontrado, o irmão dele fez o reconhecimento e disse à polícia que a morte poderia se tratar de vingança, já que na época ele era suspeito de estupro.

Ao g1, o delegado Abimael, responsável pelo caso, disse que na última semana do mês de outubro de 2024 a mãe do enteado de João Paulo levou a criança ao hospital porque havia uma lesão em suas partes íntimas. Profissionais da saúde disseram que poderia se tratar de um caso de violência sexual.

Durante as investigações do possível estupro, João Paulo foi encontrado morto. Dias depois o laudo do exame de corpo e delito saiu e apresentou o resultado negativo para estupro. A lesão que a criança tinha foi causada por outra coisa.

O crime

Conforme o delegado Abimael, a investigação revelou que João Paulo foi sequestrado por integrantes de uma facção criminosa e levado para uma casa no bairro Frei Higino. A residência era um ponto de consumo e venda de drogas, um boca de fumo.

No local a polícia encontrou drogas e documentos dos suspeitos presos. Além disso, a casa tinha rede de internet Wi-fi e senha disponível, e uma chave Pix em nome da presa de 26 anos pintada na parede para facilitar o pagamento da droga.

A confirmação de que o crime ocorreu na residência veio através da perícia criminal que identificou a presença de diversas manchas de sangue no local. Exames identificaram o DNA de João Paulo em manchas de sangue encontradas no fundo do quintal da casa.

"Tinha um pedaço de madeira no quintal que também tinha manchas de sangue da vítima e de outras pessoas, que não foram identificadas. Isso aponta que o local era onde acontecia o tribunal do crime, ou seja, era utilizado para tortura", afirmou o delegado Abimael.

A vítima foi morta a facadas e seu corpo transportado envolto em um colchão, onde foi queimado na tentativa de esconder os rastros do crime.

A mulher suspeita foi presa e o seu companheiro, que já estava preso por outros crimes, também teve o mandado de prisão cumprido. Os dois agora se encontram à disposição da Justiça.

Fonte: G1

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