
Denunciado por crime de estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos, o coronel Ricardo Pires de Almeida, da Polícia Militar do Piauí, continua recebendo salário de R$ 23 mil.
Apesar da repercussão do caso e da denúncia do Ministério Público, o oficial da PM segue exercendo atividades administrativas na corporação, no Batalhão de Guardas, além de receber, regularmente, sua remuneração por parte da Polícia Militar do Piauí.
O coronel chegou a ser preso preventivamente no dia 31 de outubro de 2024, contudo foi solto por determinação do desembargador Joaquim Santana, do Tribunal de Justiça do Piauí, no dia 8 de novembro.
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Denúncia
A denúncia foi oferecida no dia 27 de março deste ano pelo promotor Petrônio Henrique Cavalcante, da Promotoria de Justiça de Paulistana.
Segundo o órgão ministerial, no dia 22 de outubro do ano passado, e em outras três ocasiões, o oficial da PM praticou atos libidinosos contra a menor O.D.C.N., na cidade de Paulistana. Os crimes ocorreram na casa dos avós da vítima, que são sogros de Ricardo Pires.
Na fundamentação da denúncia, o promotor Petrônio Cavalcante ressaltou que há provas suficientes para indicar que o coronel Ricardo Pires praticou o crime de estupro de vulnerável. “Devidamente qualificado o acusado e classificado o crime, é de rigor o recebimento da presente denúncia”, frisou o representante ministerial.
No inquérito policial que deu origem a denúncia constam provas obtidas a partir de termos de declarações, gravações de vídeos de câmeras de vigilância e áudios.
Relato da vítima
A vítima relatou que os abusos praticados pelo policial, marido de sua tia, teriam iniciado quando ela tinha 10 anos de idade. Ricardo Pires reside em Teresina e acompanhava a esposa quando esta ia visitar os pais no município de Paulistana. A menina, por sua vez, sempre ia para a casa dos avós quando saia da escola, e lá ficava boa parte do dia.
Segundo o relato da vítima, em duas ocasiões Ricardo Pires praticou os abusos quando lhe deu carona em seu carro, pegando nas suas partes íntimas. Em outra ocasião, a vítima foi abordada pelo policial no quintal da casa dos avós.
A última vez teria acontecido no dia 22 de outubro, quando, de acordo com a vítima, o coronel entrou no quarto em que ela estava e praticou o abuso. Não há relato de conjunção carnal.
Mãe denunciou crime
O caso veio à tona após a mãe da criança divulgar um vídeo em outubro do ano passado, denunciando o policial. Na ocasião, ela clamou por justiça, diante da gravidade do crime imputado a Ricardo Pires.
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